sábado, 24 de agosto de 2013

O PREÇO DA GLÓRIA.

Poder e fama, sempre estiveram no topo da pauta de conquista dos mortais seres humanos, a fascinação por ser admirado, sempre será a última das ilusões humana, e nunca será feliz aquele que não souber abrir mão dela.
Quem um dia na adolescência já não fez planos de conquistas e projetos para galgar riqueza e fama ?
A gloria sempre rondou a porta dos fundos dos nossos corações , a juventude desperta em nós um espírito de conquista incontrolado, uma dinâmica insaciável, e uma sensação de invencibilidade.
A juventude é como um cavalo selvagem em campo aberto, indomável e incontrolável, a fascinação pelo futuro nos embriaga a ponto de nos cegar em relação a sentimentos nobres como, respeito, cuidado, perdão, gentileza e etc.
Aprendi ao longo da vida, que ninguém fica rico na terra, sem admitir a ganância em sua vida, o sentimento de ganância é a mola propulsora para um “futuro promissor”!
Aprendi também, que dinheiro e fama não conseguem andar harmoniosamente com a felicidade na mesma via, pois são heterogênios por natureza.
Pude observar com o passar dos anos, que em certos pontos da nossa vida, é necessário fazermos escolhas decisivas que irão influenciar o nosso futuro. Em certos trechos da nossa caminhada, precisamos escolher entre o que gostaríamos de fazer e o que precisa ser feito, e é exatamente nesse ponto, que muitos pegam caminhos duvidosos e doloridos, que em muita das vezes não tem mais volta e nem conserto. Entendi, porque na bíblia sagrada, o jovem rico saiu triste da presença de Jesus. Quando vejo na bíblia sagrada um homem do calibre do rei Davi, o maior rei de Israel, músico, compositor, militar estrategista de guerra e também político, um homem segundo o coração de Deus, mas que teve sérios problemas com os filhos.
Dentre os problemas familiares de Davi, o maior deles chamava-se: Absalão, um jovem rebelde, assassino do próprio irmão e perseguidor do próprio pai, Davi.
Davi foi o maior rei da história de Israel, mas lamentavelmente não conseguiu ser um bom pai, presente e companheiro, e principalmente exemplo para seus filhos. Como Davi poderia chamar o filho de assassino do irmão, se ele também tinha sangue inocente em suas mãos, pelo assassinato de Urias, o comandante de seu exercito, ele o matou, simplesmente para ficar com sua esposa.
Davi cuidou de um grande exercito, mas não conseguiu cuidar de sua família, as coisas grandes em muitas das vezes nos roubam das pequenas, e quase sempre as mais valiosas, são justamente as que desprezamos.
Eu conheço homens que deram certo na vida financeira, alcançaram o topo de seus desejos materiais, mas dariam tudo que ajuntaram ao longo da vida, para arrancar o filho das mãos do traficante.
Eu recordo-me de uma das muitas vezes que eu estava brincando com minhas filhas, brincadeira na terra, sentados no chão, fazendo castelinho de barro, uma sobrinha de minha esposa, filha de pais muito rico, adolescente entre 16 e 18 anos, disse me assim:
-Tio, meu pai nunca brincou assim comigo em toda a minha infância.
Por um momento fiquei sem saber o que dizer, sem palavras, sorri pra ela meio sem graça e constrangido por não saber o que dizer.
Quantos pais queriam voltar no tempo, para resgatar seus filhos, lá de onde o perderam, mas lamentam por não poderem mais.
A  vida é feita de escolhas, e feliz aquele que opta pelas coisas singelas da vida, pois são elas que irão nos acompanhar, pois o material é efêmero, e descobriremos mais tarde, que encostamos a escada na parede errada, e pior ainda, descobriremos que passamos tempo demais subindo por ela, para chegar a lugar nenhum....




João B.  Carpe Diem

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