sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

BALANÇO DE FIM DE ANO.

Chegou o fim do ano, é hora em que as pessoas fazem um balanço do ano, o que ganhou o que perdeu e o que foi preservado.Foi um ano muito difícil, crise na Europa, enfraquecimento da economia americana e economia instável nos quatro cantos do mundo.Mas em meio as trincheiras e contingências que a vida nos oferece, como bom brasileiro, que não foge da raia, chego ao final de mais uma maratona, com pouca reserva de energia e literalmente com a língua pra fora da boca suplicando por um pouco de água.
Aprendi com as escrituras sagradas a não me decepcionar com mais nada, me agarrei com unhas e dentes as palavras de Cristo:"Não andei ansioso por coisa alguma, tendo o que comer e tendo o que vesti, estejais contentes".Sei que estou fora do padrão atual que a sociedade exige de nós seres humanos modernos, não tenho sobrenome emblemático nem um dos carros mais bonito da cidade, mas eu ainda estou dormindo sem calmante e mantenho minha integridade intácta e quando olho no espelho, posso olhar nos meus olhos e não tenho do que me arrepender, pois não negociei minhas convicções para poder ganhar um pouco mais na vida.Um desses dias li no face uma colocação de um jovem pregador da palavra de Deus, ele dizia assim:"Nós devemos pensar alto e grande, há pessoas que pensam pequeno, por isso não chegam a lugar nenhum".Por um momento, confesso que quase fui convencido por ele, mas rapidamente voltei a realidade da vida e pensei nos meus melhores amigos que são pessoas simples e "pequenas", perante o atual modelo de bem sucedido, imposto a nós por uma sociedade fétida e sem sentimentos.Se um dia eu resolver pensar grande, sei que não haverá mais espaço na minha vida pra essas pessoas "pequenas" que sempre estiveram ao meu lado, por isso vou continuar "pensando pequeno", vou andar por baixo, e dividindo meu pão com aqueles que tem fome, pois esses estão na parte de baixo e lá eu posso dividir meu cobertor ou dar meu ombro ao que precisar chorar.Quero manter vivo na minha mente a passagem bíblica em que lúcifer diz:"Subirei as estrelas e farei meu trono acima das estrelas e de Deus".Não quero ser traído pela minha cobiça, ainda que seja ela religiosa.Quero ser fraco e sensível, pois quero continuar dependendo de Deus, pois aprendi que o poder Dele se aperfeiçoa na minha fraqueza.Quero ficar bem longe das medalhas, não quero meu nome em destaque, quero estar ao lado de pessoas simples, pois sei que elas são verdadeiramente meus amigos....

sexta-feira, 4 de março de 2011

A IGREJA QUE CURA E A IGREJA QUE FERE

DITO SEM RODEIO:Esse artigo não é para crentes “aleluia”, que vivem apenas no alto da montanha e nunca visitaram o vale da desolação.
Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas.
Não é para legalistas, que preferem entregar o controle da alma a regras a viver em união com Jesus.
Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso da mala pesada de uma mão para a outra.
Ele é para os vasos de barro que arrastam pés de argila.
Se fizéssemos um raio x de certas igrejas contemporâneas, eu diria:
Que certas comunidades evangélicas são como um Rotary Club, onde a elite é honrada e os comuns ignorados e menosprezados.
O amor é reprimido, a liberdade acorrentada e o cinto de segurança da justiça-própria devidamente apertado.
A igreja institucional tornou-se alguém que inflige feridas nos que curam, em vez de alguém que cura os feridos.
Vale lembrar que Jesus era chamado de “Rabi ou mestre” na comunidade judaica e não era a toa não, pois ele sempre fez do seu viver uma escola de vida.
A bíblia mostra que Cristo era íntegro, sincero, amoroso e que não fazia distinção entre os grupos.Diferentes de outros mestres que são partidaristas e roçam ombros com representantes de Estados, políticos e governantes, afim de firmar aliança com pessoas influentes e emblemáticas, ainda que sejam de má índole.
Cristo repudiava esse tipo de gente, ele não as suportava, Cristo preferia a companhia dos pecadores sinceros do que os santarroes hipócritas, ele sempre os repreendiam.
Esse grupo sempre foi religioso e ocupavam as primeiras cadeiras do Sinédrio,
Nota-se que não difere de certas comunidades evangélicas de hoje, onde líderes sub julgam e menosprezam os comuns e honra as elites soberbas de sapatos com acabamento de verniz que vivem desfilando seu ego inflado nos arraiais evangélicos.
Eu me maravilho com meu Cristo que sentava para ouvir seus discípulos e suas ovelhas com todo carinho e atenção,” Um Deus amoroso fomenta um povo amoroso”, quando me deparo com líderes evangélicos que saem de helicóptero pelo fundo da igreja, para não serem espremido pelas ovelhas fico triste, o sacerdote não consegue mais ouvir teu povo.A preferência de Jesus por gente de menor envergadura e sua parcialidade em favor dos maltrapilhos é fato irrefutável.
Como disse o filósofo francês Maurice Blondel:”Se você quer realmente compreender um homem, não apenas ouça o que ele diz, mas observe o que ele faz.”
Meu Jesus tinha um grande dilema, os escribas e fariseus apoquentavam ele por se associar-se a maltrapilhos, Jesus diz a eles:” Vim chamar os pecadores, não os justos”.
Há uma dicotomia perceptível entre a igreja que cura e igreja que fere, e digo que ela não se refere a questões tais como, conservadores ou liberais, entre criacionistas ou evolucionistas, mas sim entre "nobreza" e desvalidos.
Até quando vamos fazer eventos evangélicos e ao término prepararmos duas ou três mesas com Coca Cola para um grupo “preferencial ”e o resto da comunidade tomando guaraná “bacana ou Kareta”.
Será que esta igreja com carroes sintuosos estacionado na frente, cheirando a perfumes como: Azzaro, Drakar, Ferrari ou quem sabe a boticário ou a lacqua di fiore é a igreja eleita por Cristo?
Ou será que é a igreja de Mateus 15:30 (“ E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram juntos aos pés de Jesus, e ele os curou).Eu imagino que os “outros muitos”, que Mateus nos fala pelo texto, fossem os sujos e fedidos, aqueles que muitos de nós não gostaríamos que se sentassem ao nosso lado no banco da igreja, pois eles fedem, ou quem sabe os anônimos de Deus que passam desapercebidos por não serem influentes.
A igreja que fere, tem a cara carrancuda e austeridade com suas ovelhas.Nas palavras de Teresa de Ávila(escritora) , “poupa-nos, Senhor de tolas devoções e de santos de cara amarrada.”
A igreja que cura, a alma humana está acima de dogmas e preceitos fundamentalistas, o pecado é extirpado, porem o pecador é preservado.
A igreja que cura, ela é mística, ou seja, invisível, a que fere é institucionalizada por homens frios e insensíveis ao Espírito Santo de Deus que clama:”O que vem a mim de modo algum o lançarei fora”.............

CARPE DIEM.

JOÃO BATISTA( A.D.TIETÊ )